Os atendimentos via telemedicina no Brasil para gripe e Covid-19 crescem mais de 100% no fim de 2021. Durante as festas do ano passado, o número de atendimentos saltou de uma média diária de 7 mil para 15 mil.
Os números são semelhantes aos registrados no pico da pandemia em março de 2021, no Brasil. É o que aponta um levantamento feito pela Saúde Digital Brasil, associação que reúne 90% do mercado privado de telessaúde do país.
O diretor comercial Roger Rezende faz parte dos que procuraram atendimento online no fim de ano, após ter Covid-19. Ele chegou a ir ao hospital, mas encontrou a unidade de saúde muito cheia e preferiu voltar para casa e fazer uma teleconsulta.
O vice-presidente da Saúde Digital Brasil, Carlos Pedrotti, explica que, na maior parte dos atendimentos, os pacientes têm formas leves ou moderadas das doenças, mas casos graves ainda são encontrados por profissionais.
Ele reforça que o aumento no número de infectados pelo vírus da gripe ou da Covid-19 pode sobrecarregar os serviços de saúde.
Em 2020, o Congresso Nacional aprovou e o presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei número 13.989, de abril, que regulamenta o uso emergencial da telemedicina durante a pandemia.
Já a resolução do Conselho Federal de Medicina número 2.299 autoriza o uso da telemedicina para a emissão de atestado médico, prescrições, pedidos de exame, laudos e até relatório. A medida foi publicada em 26 de outubro do ano passado no Diário Oficial da União.
