Uma publicação nas redes sociais do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul gerou críticas ao exaltar o período monárquico no Brasil.
O post foi ao ar depois da determinação do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, de que fosse retirada a bandeira imperial hasteada na sede do TJ, em Campo Grande. Segundo o STF, a bandeira não está entre os símbolos oficiais do Poder Judiciário brasileiro e não é compatível com a neutralidade e imparcialidade por parte do tribunal.
“A manutenção da situação relatada tende a causar confusão na população acerca do papel constitucional e institucional do Poder Judiciário, na medida em que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul pretende diminuir os símbolos da República Federativa do Brasil”, considera Fux.
Nas redes sociais, o tribunal afirma que o período de monarquia constitucional foi “o mais longo e promissor período de estabilidade e progresso” do país. Além disso, o TJ destaca o 7 de Setembro, com uma bandeira do Brasil ao fundo, e diz que "há 199 anos o Brasil declarava a sua independência de Portugal para se tornar uma monarquia constitucional, tendo como Imperador D. Pedro I".
O presidente do TJ, Carlos Eduardo Contar, é um declarado admirador do regime monárquico.