Torres volta a afirmar que não pediu interferência da PRF nas eleições de 2022

Ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal prestou depoimento pela segunda vez nesta semana

Rádio BandNews FM

Torres volta a afirmar que não pediu interferência da PRF nas eleições de 2022
Ele prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, voltou a afirmar, nesta quinta-feira (10), que não pediu para que a Polícia Rodoviária Federal interferisse em qualquer ponto da eleição de 2022.

Ele prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito, que apura os atos do dia 8 de Janeiro na Câmara Legislativa.

Foi o segundo depoimento de Torres nesta semana, já que, na terça-feira (8), ele esteve na CPMI do Congresso Nacional, também para esclarecer responsabilidades sobre as invasões de prédios dos Três Poderes.

Durante a sessão, Torres foi questionado sobre a suspeita da atuação direcionada da Polícia Rodoviária Federal no segundo turno da eleição, quando foram feitas operações na região do Nordeste para, possivelmente, atrapalhar que eleitores pudessem chegar aos locais de votação.

Essa questão levou a prisão de Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, e do subordinado de Anderson Torres.

O ex-ministro também foi questionado sobre um levantamento feito pelo Ministério da Justiça que mostrava os lugares em que Lula teve 75% dos votos ou mais no primeiro turno e que, na teoria, precisavam de mais atuação da força de segurança.

Torres foi perguntado sobre a chamada minuta do golpe e negou que tenha elaborado o documento, além de destacar que o texto não tinha qualquer valor jurídico.

Ele também foi questionado sobre os acampamentos montados no QG do Exército e destacou que não teve qualquer responsabilidade enquanto era ministro da Justiça ou até mesmo quando assumiu a Secretária de Segurança pelo período de cinco dias.