Um ato contra a venda da refinaria Landulpho Alves, localizada em São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de Salvador, acontece esta sexta-feira (03), a partir das 7h30.
Os trabalhadores vão paralisar as atividades até o fim da manhã. A ação é promovida pela Federação Única dos Petroleiros.
A partir desta quarta-feira (01) o fundo árabe de investimentos Mubadala Capital assumiu definitivamente a refinaria, que era controlada pela Petrobras.
A companhia brasileira divulgou na terça-feira (30) que o negócio com o fundo dos Emirados Árabes foi concluído no valor de um bilhão e oitocentos dólares.
Cento e cinquenta milhões de dólares a mais do que o acordo inicial, de um bilhão seiscentos e cinquenta dólares. Em reais, a cifra passa dos dez bilhões.
Para a operação na Bahia, o Mubadala Capital criou a empresa Acelen, responsável pela refinaria, que passa a ser chamada de Refinaria Mataripe.
Para o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, a venda da planta pode tornar o país mais suscetível ao aumento no preço dos combustíveis, com a alta do dólar.
Em nota, a Petrobras informou que, após a venda, começa uma fase de transição, sob um acordo de prestação de serviços, evitando qualquer interrupção operacional.
Ainda de acordo com a nota, nenhum empregado da Petrobras será demitido por causa da venda. Eles podem ser transferidos para outras áreas da empresa ou aderir ao programa de demissão voluntária.
A planta é a refinaria mais antiga do Brasil, inaugurada em 1950. A capacidade diária de processamento da Landulpho Alves é de 333 mil barris de Petróleo por dia, o que representa 14% da capacidade total de refino de petróleo do Brasil.
Além de gasolina, diesel e lubrificantes, a unidade é a única produtora nacional de uma parafina de teor alimentício utilizada para fabricação de chocolates e chicletes, entre outros, e da matéria-prima na produção de detergentes biodegradáveis.