Mesmo morando a cerca de 500 metros da delegacia do Catete, na Zona Sul do Rio, um ouvinte da BandNews FM vai ser obrigado a aumentar o pacote de dados da internet pelo celular.
A medida ocorre porque traficantes que atuam no bairro proibiram o serviço, via banda larga, e que é fornecido pelos operadores oficiais. A afirmação é do próprio morador, que teve a identidade preservada e a voz distorcida.
O bairro do Catete fica a três quilômetros do Palácio Guanabara, sede do Governo do Estado do Rio.
A empresa que fornece internet para o ouvinte é a Claro. Em nota, a companhia afirmou que, por envolver questões de segurança pública, quem deveria responder aos questionamentos da BandNews é a Conexis, entidade representante das principais operadoras de serviço de internet.
Procurada, a Conexis informou que não trata de casos específicos, mas que furto, roubo, vandalismo e também a receptação de cabos e equipamentos roubados causam prejuízo direto a milhões de consumidores todos os anos.
Já Polícia Militar afirmou está adequando a estratégia de policiamento na região. Questionada, Polícia Civil pediu que possíveis vítimas e a operadora registrem a ocorrência, fornecendo informações que auxiliem na investigação. A nota acrescenta que os cidadãos podem ainda contar com o Disque Denúncia e que o anonimato é garantido.
Mas o caso não é isolado. Moradores da Praça Seca passam pela mesma situação. No bairro da Zona Oeste, os traficantes já distribuem panfletos com a tabela de preços da internet, fornecida pelo crime organizado. A ação dos criminoso chegou a Rua Barão, uma das mais movimentadas do bairro.
O INSS afirmou que a internet da Agência da Previdência Social Jacarepaguá está funcionando normalmente. Da mesma forma, a Secretaria Municipal de Saúde também comunicou que a Clínica da Família Newton Bethlem não teve o serviço interrompido e que o atendimento segue normal na unidade.
As polícias Civil e Militar informaram que trabalham em conjunto para identificar e prender criminosos envolvidos.