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"Tragédia maior que a Covid", diz prefeito de Guaíba-RS sobre impacto das chuvas

Marcelo Maranata pediu rapidez no envio de recursos à cidade e afirmou que "a burocracia não pode vencer as pessoas"

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Trabalho de resgate segue em diversos pontos do Rio Grande do Sul
Amanda Perobelli/Reuters

O prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata, concedeu uma entrevista exclusiva à BandNews FM durante a manhã desta terça-feira (7) e o mandatário falou sobre a situação da cidade. Segundo o chefe do Executivo municipal, as cidades de Guaíba e Eldorado concentram o maior número de desabrigados com os temporais no estado do Rio Grande do Sul - assolado pelas fortes chuvas e inundações.

Além da falta de medicamentos em hospitais, a segurança é uma grande preocupação na região. Equipes médicas relatam temor com crimes que estão sendo cometidos, incluindo contra agentes de saúde em atendimento.

"Nosso primeiro desafio é que a burocracia não vença as pessoas. A gente precisa de agilidade do governo estadual e federal. Tem que chegar água, medicamento, hospital de campanha e segurança para as pessoas, que possam retornar as suas casas. O desafio é retirar pessoas de Eldorado. Ontem, mais de mil pessoas vieram para cá. São 3.600 pessoas que estão em Guaíba e eram de Eldorado", pontuou Marcelo.

De acordo com o prefeito, a cidade ainda não recebeu os recursos necessários para ajudar na reconstrução da cidade das tragédias vividas no ano passado e fez um apelo para que haja celeridade no envio de uma ajuda financeira ao município.

"O que a gente precisa é que os recursos cheguem imediatamente. Ainda não recebemos recursos das enchentes de setembro e de novembro [de 2023]. Fizemos levantamentos, decreto de calamidade, tudo foi feito como o governo pediu e até hoje não recebemos um real da primeira tragédia. E essa é sem precedentes, a maior da história do Rio Grande do Sul", conta.

Por fim, Marcelo afirma que a tragédia teve um impacto significativamente maior do que a pandemia de Covid-19: "Para nós, aqui na cidade, é [uma tragédia] maior que a Covid. A gente atendeu 30 mil pessoas igual na Covid, dentro do hospital. Hoje, tivemos uma tragédia que atendemos 30 mil pessoas, temos 30 mil desabrigados, e isso aconteceu em 3 dias. Na Covid, atendemos as pessoas durante um ano".

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