O Tribunal Superior Eleitoral criou nesta segunda-feira (05) um núcleo de inteligência voltado ao enfrentamento da violência política no pleito eleitoral. A ação é fruto de uma parceria firmada entre a Corte e o Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares.
A forma de atuação ainda será definida pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, que também vai exercer a presidência do núcleo especializado.
Para o advogado especialista em direito eleitoral, Alberto Rollo, a medida pretende dar mais transparência ao TSE, sem que seja necessário depender de órgãos ligados ao poder Executivo: "É lógico que o Brasil tem outros órgãos de inteligência, outros de segurança, mas praticamente todos eles dependentes do Poder Executivo", afirmou.
DECRETO ARMAS
No Supremo Tribunal Federal, ainda cabe recurso à decisão do ministro Luiz Edson Fachin que suspendeu trechos dos decretos de Jair Bolsonaro que facilitavam a compra e a posse de armas e munições no Brasil.
Para embasar a medida desta segunda-feira (05), o magistrou alegou risco de violência política nas eleições. A decisão está ligada a três ações movidas pelo PT e PSB, que defendem que as medidas violam trechos do estatuto do desarmamento.
Uma das três liminares determina que a posse de arma pode ser concedida apenas a quem comprovar necessidade por razões profissionais ou pessoais.
Outra define que a compra de armas de uso restrito só seja autorizada para segurança pública ou defesa nacional. Já a terceira, em relação a munições, limita a quantidade necessária para garantir a segurança do indivíduo.