A Executiva Nacional do União Brasil se reúne na tarde desta quarta-feira (13) para decidir o afastamento do deputado federal Luciano Bivar do partido.
O encontro foi convocado após o deputado ser acusado por Antônio Rueda, atual presidente da sigla, de ter envolvimento no incêndio que destruiu dois imóveis dele em Ipojuca, Pernambuco.
As casas foram invadidas na última segunda-feira (11). Além da propriedade de Rueda, a casa de Maria Emília, irmã dele, também foi atingida pelas chamas.
Para Rueda, Luciano Bivar está por trás do que classificou como “ato criminoso”. Em entrevista declaração para jornalistas, o ex-presidente do partido nega as acusações e afirma ser vítima de “ilações”.
A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco informou na última terça-feira (12) que o incêndio das duas casas tem vestígios de crime.
“Quando você tem um incêndio que é um curto-circuito ou o aquecimento de um aparelho, seria uma casa. Ocorrer em duas casas é algo que já chama atenção”, afirmou o secretário Alessandro de Carvalho.
A tensão entre representantes do União Brasil ocorre após as eleições internas para a presidência do partido.
No dia 29 de fevereiro, Antônio Rueda que era vice e disputava a chefia com Luciano Bivar, foi eleito. O deputado federal tentou impedir a realização da votação, mas os filiados reverteram a decisão e Rueda foi eleito por unanimidade.
A insatisfação de Bivar já havia sido notada desde antes da convenção partidária, quando os ex-aliados discutiram por telefone e o político alegou que “acabaria com a raça política de Rueda".
Caso seja exonerado, Luciano Bivar sairá do cargo que cumpriria até o final de maio, como presidente interino da sigla, e Rueda assumirá antecipadamente a presidência do União Brasil.