O vice-presidente e chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, declarou nesta quinta-feira (29) que o bloco europeu decidiu não reconhecer a legitimidade democrática da eleição presidencial da Venezuela, no último mês de julho.
Borrell afirmou que a decisão é embasada na não divulgação das atas eleitorais pelo CNE, a autoridade eleitoral venezuelana. A oposição e a comunidade internacional pedem a divulgação dos resultados de forma oficial.
"Não há documentos e não há verificação. E tememos que nunca haverá. Dessa forma, não podemos aceitar a legitimidade de Maduro como presidente eleito. Ele continuará sendo presidente de fato, sim. Mas negamos a legitimidade democrática com base em um resultado que não pode ser verificado", declarou Borrell.
O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela declarou Nicolás Maduro reeleito para o terceiro mandato após suposta auditoria das atas, a pedido do próprio presidente. A oposição não reconhece a decisão e alega que não foi convidada a participar da apuração. A Corte também proibiu a divulgação.