USP conclui sindicância sobre denúncias de assédio sexual contra professor de Direito

Alysson Mascaro está afastado temporariamente desde dezembro de 2024 e corre risco de ser exonerado

Maria Cecília Dallal*

USP conclui sindicância sobre denúncias de assédio sexual contra professor de Direito
Alysson Mascaro é professor associado da USP e livre-docente em Filosofia e Teoria Geral do Direito
Reprodução/Instagram

A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) aguarda um parecer da procuradoria-geral da instituição sobre o relatório preliminar que apura as denúncias de assédio sexual contra o professor de Direito Alysson Mascaro.

O documento foi concluído no início do mês de janeiro e o órgão deve enviar uma análise jurídica formal sobre o processo disciplinar contra o profissional, que pode ser até exonerado. Não há um prazo para que a procuradoria se manifeste sobre o caso.

Alysson Mascaro está afastado temporariamente da instituição desde dezembro de 2024, depois de ter sido acusado por assédio sexual contra alunos e ex-alunos entre os anos de 2006 e 2024.

A defesa do professor, no entanto, nega as acusações e se queixa que ele não tinha sido ouvido antes da decisão de afastá-lo.

Mascaro é professor associado da USP e livre-docente em Filosofia e Teoria Geral do Direito, e tem livros publicados na área jurídica, como “Crise e Golpe” e "Introdução ao Estudo do Direito".

Em nota divulgada em dezembro do ano passado, a universidade tinha dito sobre o caso que "há fortes indícios de materialidade dos fatos e que estes envolvem possível enquadramento típico de assédio sexual".

Após a análise jurídica da procuradoria, caberá à diretoria da Faculdade de Direito da USP a decisão sobre o caso.

Sob supervisão de Alexandre Bentivoglio*

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