A Universidade de São Paulo é a segunda melhor instituição de ensino superior da América Latina, de acordo com a QS - Quacquarelli Symonds, uma das principais publicações sobre Educação do mundo. O Brasil é o país mais bem representado na classificação entre as nações latinas.
O levantamento divulgado nesta quinta-feira (22) indica que a USP está atrás apenas da Pontifícia Universidade Católica do Chile. A qualidade da pesquisa e a internacionalização das publicações da Universidade de São Paulo foram apontados como diferenciais pela publicação.
Das dez mais bem classificadas, o Brasil tem três universidades. A Unicamp, em Campinas, no interior de São Paulo, é a 5ª melhor na lista, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro a 9ª.
México, Chile e Colômbia têm duas universidades cada na lista dos 10 melhores e a Argentina emplacou uma instituição na classificação.
Quando separadas apenas pela produção científica, as brasileiras se destacam ainda mais e ocupam as nove das dez mais bem colocadas entre as universidades com mais produções.
Segundo a pesquisa, as instituições brasileiras possuem alto grau de estabilidade, mas passaram por dificuldades recentes por mudanças políticas e pela pandemia. "O ensino superior brasileiro tem enfrentado sua parcela de desafios nos últimos anos, sendo os cortes no orçamento, acessibilidade e a pandemia do Covid-19 apenas alguns dos mais relevantes. No entanto, sua resiliência pode ser vista no compromisso consistente em produzir uma quantidade excepcional de pesquisa de alta qualidade", apontam os pesquisadores da QS.
De acordo com a avaliação, o ensino superior brasileiro ganha destaque pelo número de produções científicas, já que dominam o pódio nesse critério: USP, Unicamp e UNESP ocupam, respectivamente, as três primeiras posições.
A classificação do ranking ocorre por meio de seis pontos: reputação acadêmica, reputação de empregabilidade, citações por faculdade, proporção de professores por aluno e quantidade de docentes e de estudantes internacionais.
O indicador que leva em consideração o número de docentes para cada aluno é o que prejudica a USP a não chegar ao primeiro lugar da lista