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Vereadores retiram assinaturas de pedido de CPI contra Padre Júlio Lancelotti

Parlamentares se dizem "enganados"; comissão na Câmara Municipal de SP mira o trabalho do religioso

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Vereadores retiram assinaturas de pedido de CPI contra Padre Júlio Lancelotti
Vereadores retiram assinaturas de pedido de CPI contra Padre Júlio Lancelotti
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Pelo menos quatro vereadores retiram as assinaturas no pedido de abertura de uma CPI para investigar o padre Júlio Lancelotti e as ONGs que atuam no centro de São Paulo.

Thammy Miranda, do PL, Xexéu Tripoli, do PSDB, Sidney Cruz, do Solidariedade, e Sandra Tadeu, do União Brasil, se disseram "enganados" pelo vereador Rubinho Nunes, também do União Brasil, autor do pedido de investigação.

De acordo com os parlamentares, o vereador, que é corregedor da Câmara Municipal, direcionou a criação da CPI para "atacar o padre".

Na opinião dos vereadores, essa ação acabou, nas palavras deles, "desvirtuando o foco da investigação que foi protocolada na Câmara".

Ainda em 6 de dezembro de 2023, Rubinho Nunes formalizou um pedido de abertura de CPI para investigar ONGs e entidades que fazem trabalho social com a população em situação de rua e dependentes químicos na Cracolândia.

Depois de obter o número necessário de assinaturas para abrir a comissão, o vereador disse, nas redes sociais, que usaria o colegiado para "todo mundo saber o que tem por trás do Lancelotti".

Parlamentares de partidos da oposição como PSOL, PT e PSB afirmam que se trata de uma "perseguição injustificada".

Em nota, o padre Júlio Lancellotti afirmou não fazer parte de nenhuma ONG que tenha convênio com a Prefeitura e que baseia o trabalho dele na ação pastoral da Arquidiocese de São Paulo, na Cracolândia, região onde se concentram os dependentes químicos no centro da capital paulista.

Rubinho Nunes, ex-integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), tem criticado, nas redes sociais, a atuação do pároco e negou que tenha objetivos eleitorais com a proposta.

Para a comissão ser instalada, é preciso haver um acordo de todos os parlamentares da Casa e passar por duas votações em plenário, alcançando ao menos 28 votos.

Segundo Rubinho Nunes, o foco da CPI é investigar que fornecem alimentos para uso de substâncias ilícitas e tratamento aos usuários frequentadores da região da Cracolândia, fiscalizar se recebem financiamento público

O pároco e coordenador da Pastoral do Povo de Rua de São Paulo dedica o trabalho dele à população de rua da cidade de São Paulo há mais de 40 anos.