A comissão especial que analisa a PEC sobre o voto impresso na Câmara dos Deputados realiza reunião nesta segunda-feira (05). O encontro vai discutir e tentar votar o parecer do relator, deputado Filipe Barros (PSL-PR).

No relatório, o parlamentar recomenda a adoção de uma urna eletrônica que permite a impressão do registro do voto. Esse papel será depositado em uma urna indevassável, sem contato manual do eleitor.

No modelo proposto pelo relator, a apuração se dará após a votação, nas seções eleitorais, com o uso de equipamentos automatizados de contagem de votos, aptos à verificação visual.

O voto impresso é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, que alega haver fraude no sistema eleitoral, embora nunca tenha apresentado provas. A adoção da impressão do voto auditável é criticada pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Segundo o TSE, não há evidências de fraude, o sistema eletrônico é confiável e auditável, além do custo para a implantação do voto impresso, que pode chegar a R$ 2 bilhões.

Para que o voto impresso seja adotado já na próxima eleição, é preciso que o projeto seja aprovado em duas votações no plenário da Câmara e do Senado.