O advogado de Jair Bolsonaro admitiu que recomprou o relógio Rolex dado de presente pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente.
O item, segundo a Polícia Federal, foi vendido nos Estados Unidos pelo ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid.
Em coletiva de imprensa em São Paulo, Frederick Wassef disse que pagou o relógio com dinheiro próprio em espécie, no valor de US$ 49 mil.
No entanto, ele negou ter feito uma operação de resgate a mando de assessores de Jair Bolsonaro após a decisão do Tribunal de Contas da União.
Nesta terça-feira (15), o senador Flávio Bolsonaro – filho de Jair Bolsonaro – saiu em defesa do pai e alegou que as joias não eram patrimônio da União.
A Polícia Federal ainda está analisando o material apreendido na operação deflagrada no último dia 11 e que teve – entre os alvos – o próprio Mauro Cid, o pai dele, Mauro Lourena Cid, e Frederick Wassef.
A quebra de sigilos de Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michele Bolsonaro chegou a ser pedida pela PF, e depende de uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Ainda nesta terça-feira (15), a Justiça de São Paulo encaminhou ao STF a investigação sobre as joias apreendidas pela Receita Federal com uma comitiva do Ministério de Minas e Energia no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Um dos estojos – o feminino - foi trazido na mala de um assessor do então ministro Bento Albuquerque, mas não havia sido declarado à alfândega.
O outro – o masculino – entrou sem ser percebido e chegou às mãos do ex-presidente Jair Bolsonaro.