WhatsApp reconhece que autoridades foram alvo de espionagem; MPF nega uso do software

Aplicativo israelense foi utilizado para espionar autoridades; software teria usado uma fragilidade do whatsapp

o sistema era usado para espionar políticos, jornalistas e ativistas sociais. Foto: Marcello Casal/Agência Pública
o sistema era usado para espionar políticos, jornalistas e ativistas sociais.
Foto: Marcello Casal/Agência Pública

O chefe do WhasApp, Will Cathcart, disse em entrevista ao jornal britânico ‘Guardian’, que o software de espionagem Pegasus atacou autoridades a partir de uma brecha no aplicativo. Entre os 1400 usuários que foram alvos de espionagem estão pessoas em posições importantes do governo. Criado pela empresa israelense NSO Group, o sistema era usado para espionar políticos, jornalistas e ativistas sociais entre abril e maio de 2019, segundo denúncia de um consórcio de veículos de imprensa internacional.

Nesta segunda-feira (26), o Ministério Público Federal do Paraná negou que o programa de espionagem Pegasus tenha sido utilizado ou adquirido pelos procurados que integram a Operação Lava-Jato. “Jamais houve aquisição ou uso clandestino de qualquer sistema pela força-tarefa da operação Lava Jato. O sistema Pegasus da empresa NSO Group não foi adquirido pelo Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR) ”, afirmou a instituição em nota.

Existia a suspeita do uso irregular do software por autoridades do MPF no âmbito da operação anticorrupção, o que agora é negado.

O sistema ganhou notoriedade após reportagens apontarem que ele foi usado ao redor do mundo para monitorar pessoas com cargos importantes. O programa infecta dispositivos como um vírus, com o objetivo de extrair mensagens, fotos e e-mails das vítimas, assim como gravar chamadas e ativar microfones secretamente.