Wizard diz não conhecer gabinete paralelo e decide ficar em silêncio na CPI

Depoente fazer uso de habeas corpus do STF, que lhe permite ficar em silêncio.

Rádio BandNews FM

Wizard diz não conhecer gabinete paralelo e decide ficar em silêncio na CPI TV Senado
Wizard diz não conhecer gabinete paralelo e decide ficar em silêncio na CPI
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Após 13 dias da data originalmente marcada, o empresário Carlos Wizard depõe na CPI da Pandemia nesta quarta-feira (30). Apontado como integrante do “gabinete paralelo da Saúde”, um grupo de aconselhamento do presidente Bolsonaro, Wizard foi inserido na lista de investigados da CPI.

Inicialmente Wizard explicou que estava nos Estados Unidos cuidando do pai e de uma filha, que está prestes a dar à luz em uma gravidez de risco, por isso, não compareceu no dia 17 de junho para prestar depoimento.

Na fala inicial, Carlos Wizard afirmou que não fez parte de gabinete paralelo, nunca entrou em contato com o presidente e anunciou que não responderá nenhuma pergunta feita pelos senadores. Ao terminar a sua fala, o advogado destacou que o empresário vai permanecer calado. Com isso, Wizard usa o habeas corpus do Supremo Tribunal Federal que lhe permite ficar em silêncio.

Mesmo assim, os senadores insistiram nos questionamentos ao empresário, e o relator Renan Calheiros mostrou vídeos com declarações de Wizard sobre o tratamento precoce, que é ineficaz cientificamente.

Enquanto a senadora Eliziane Gama perguntava sobre a religião do empresário, após Wizard chegar à CPI carregando uma placa com um versículo da Bílblia, o empresário levantou um livro sobre o seu trabalho com imigrantes venezuelanos em Roraima. O presidente da CPI, Omar Aziz, imediatamente interrompeu o depoente afirmando que ele “não vai vender livro aqui, não".

Vídeos do depoente negando a gravidade da pandemia foram exibidos e causaram perplexidade.

Com a insistência do empresário permanecer calado, o senador Omar Aziz, presidente da CPI, anunciou que vai recorrer da decisão do STF que concedeu habeas corpus ao depoente. A senador Simone Tebet, no entanto, sugeriu que a CPI vote um requerimento revocando o caráter de investigado imputado ao empresário.

Wizard foi questionado ainda sobre ter se vacinado nos Estados Unidos e sobre a desistência de ocupar um cargo no Ministério da Saúde. Ele se manteve em silêncio durante todo o depoimento.