Os 13 policiais militares presos durante operação do Ministério Publico do Rio nesta terça-feira (14) podem ser expulsos da corporação. Os agentes são acusados de organização criminosa, corrupção passiva e peculato e vão responder a procedimentos administrativos disciplinares internos.
A denúncia aceita pela Justiça apontou que o grupo vendia armas e drogas apreendidas em operações de combate ao tráfico, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
Ao todo, foram 14 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão. Um policial ainda é procurado procurado. Segundo o MP, os crimes ocorreram entre 2019 e 2020. Todos os policiais denunciados eram lotados no Batalhão de Belford Roxo.
De acordo com as investigações, os agentes cobravam propina para não reprimir irregularidades de motoristas de transporte alternativo e de mototaxistas. Eles ainda exigiam taxas semanais de comerciantes em troca de "proteção".
Os policiais recuperavam carros roubados e retiravam algumas peças antes de registrar as ocorrências nas delegacias. Pneus, rodas e baterias eram vendidos pelos 14 denunciados.
O principal alvo da Operação, também preso nesta terça, é o cabo Júlio Cesar Ferreira do Santos, réu pelo assassinato de dois jovens em 2020. Ele chegou a ser preso na época do crime, mas estava respondendo em liberdade.
A abordagem foi flagrada por câmeras de segurança. As imagens mostram o momento em que as vítimas caem de moto após um disparo de fuzil. Os corpos dos jovens de 20 e 18 anos foram encontrados numa região controlada pela milícia, em Belford Roxo.
Em nota, a Polícia Militar informou que os agentes foram levados para Unidade Prisional da Corporação, em Niterói, na Região Metropolitana. Ainda segundo a PM, a ação do MP contou com apoio da corporação.