O Ministério da Justiça e Segurança Pública notificou o Aeroporto de Brasília sobre a acusação de racismo sofrido pela ex-porta-bandeira da Portela, Vilma Nascimento, de 85 anos. A investigação vai ser conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal. O episódio aconteceu na última terça-feira (21) em uma loja do terminal.
Segundo a família da baluarte do carnaval, uma funcionária da Duty Free revistou Vilma Nascimento. A fiscal foi afastada das funções. A ex-porta-bandeira foi ao estabelecimento para comprar chocolates. No dia anterior, Vilma havia recebido uma homenagem na Câmara dos Deputados, no feriado da Consciência Negra.
O caso deve ir para a Justiça, de acordo com os familiares de Vilma.
Em nota, a empresa que administra a loja lamentou o ocorrido e disse que a abordagem feita pela fiscal de segurança da loja está fora do padrão. O grupo também afirma que vai reforçar os procedimentos internos e treinamentos para impedir que a situação se repita.
Já a concessionária Inframerica, que administra o Aeroporto de Brasilía, disse que repudia qualquer tipo de ação discriminatória, dentro ou fora do terminal.