Acusado de fornecer armas ao Comando Vermelho é preso

Rafael Frozza Lopes, o Farrá foi detido dentro de um shopping, na Barra da Tijuca

Por Thuany Dossares

Acusado de fornecer armas ao Comando Vermelho é preso
Rafael Frozza Lopes, o Farrá, preso pela polícia
Reprodução

Acusado de fornecer armas para traficantes do Comando Vermelho na disputa por territórios com milicianos em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, Rafael Frozza Lopes, o Farrá, de 22 anos, é preso pela Polícia Civil. Ele foi detido dentro de um shopping na Barra da Tijuca, na noite de terça-feira (7).

Segundo a Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), Farrá é o segurança pessoal de John Wallace da Silva Viana, o Johny Bravo, chefe do tráfico da favela da Rocinha, na Zona Sul. Johny Bravo assumiu o controle das atividades criminosas da Rocinha, junto com Leandro Pereira da Rocha, o Bambu ou Goiabada, em 2017, depois da prisão de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157.

O delegado Alessandro Petralanda conta que ao longo de seis meses de investigação, os policiais descobriram que Farrá é o responsável por listar e guardar todos os fuzis da Rocinha e ainda controlar o fornecimento dos armamentos para as guerras nas comunidades do Fubá, Chacrinha e Bateau Mouche, na Praça Seca, e as comunidades do Gardênia Azul e Vila Sapê, em Jacarepaguá.

"Ele exerce um cargo de confiança, ele é o braço direito de um dos chefes da Rocinha. Outra função que ele exerce também é de tomar conta de todo arsenal, todo armamento da organização criminosa instalada na Rocinha. Ele faz toda contabilidade, entrada e saída de armas, contagem, ou seja, é uma função de confiança. Ele é um homem de confiança da organização criminosa", disse Petralanda.

As investigações ainda revelaram que Farrá também gerava um lucro para o tráfico com o aluguel de fuzis, como explica o delegado Alessandro Petralanda.


Uma característica dele também é que ele gerava lucro pra organização, porque ele alugava os fuzis. Então ele tinha uma contabilidade de aluguel de fuzis para outras regiões onde tinha parte da organização criminosa, que pagava, por semana, entre R$ 3 mil e R$ 5 mil para ter esses fuzis. Ou seja, é uma prisão importante, eles vão precisar se reorganizar para repor esse braço de confiança deles", falou o delegado.

Na internet, o traficante fazia publicações ostentando fuzis de grosso calibre e mostrava o arsenal da Rocinha, com diversas armas de grosso calibre apoiadas na parede.

Contra Farrá foram cumpridos dois mandados de prisão.

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