Acusado de sequestrar juiz norte-americano é apontado como integrante de milícia

Conhecido como Nem da Malvina, o criminoso seria uma das lideranças do grupo paramilitar que atua na Malvina, em Jacarepaguá, e numa comunidade conhecida como Cabeça de Porco, na Taquara

Thuany Dossares

Erivaldo Juvino Silva foi preso em flagrante pela Polícia Civil, na segunda-feira (11) Reprodução/Polícia Civil
Erivaldo Juvino Silva foi preso em flagrante pela Polícia Civil, na segunda-feira (11)
Reprodução/Polícia Civil

O acusado de envolvimento no sequestro de um juiz norte-americano, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, é apontado como integrante de uma milícia que atua na Zona Oeste do Rio. Erivaldo Juvino Silva foi preso em flagrante pela Polícia Civil, na segunda-feira (11).

Conhecido como Nem da Malvina, o criminoso seria uma das lideranças do grupo paramilitar que atua na Malvina, em Jacarepaguá, e numa comunidade conhecida como Cabeça de Porco, na Taquara. Ele estaria aliado ao miliciano Playboy de Curicica e é subordinado à organização criminosa chefiada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho.

Além dele, duas garotas de programa identificadas como Beatriz Freitas dos Santos, de 43 anos, e Shayna Xavier Monteiro da Silva, de 27 anos, também foram presas, pela Delegacia Antissequestro (DAS), acusadas do crime.

Os investigadores descobriram que a vítima conhecia as mulheres há quatro anos e no domingo (10), combinou um encontro com as duas no flat dele na segunda-feira (11) pela manhã.

Sabendo do poder aquisitivo do juiz, um tempo depois do serviço, elas voltaram ao apartamento com mais dois homens que o renderam. Os homens usavam distintivos, se identificaram como policiais e um deles estava armado.

Imagens de câmeras de segurança do prédio flagraram a movimentação dos bandidos.

Os criminosos roubaram R$ 8mil e uma nota de U$$ 100 que estava com o juiz e o levaram para o Recreio, em um local ainda desconhecido da polícia. Para libertar a vítima, os bandidos ligaram para uma amiga dele aqui no Rio, exigindo R$ 200 mil para o resgate.

Um dos homens disse que era policial civil e que o juiz tinha sido flagrado com uma garota de programa menor de idade e que o valor seria para ele não ser preso.

Suspeitando da ação, a amiga da vítima ligou para um amigo, que é policial militar, e foi até a Delegacia de Piedade (24ª DP), onde denunciou o crime.

Durante as negociações do resgate, o juiz chegou a fazer um pix de U$$ 3 mil dólares ao grupo. O valor é equivalente a aproximadamente R$ 17 mil.

A vítima conseguiu ser libertada pela Polícia quando retornou com Nem da Malvina ao apartamento, onde iria pegar cartões bancários para conseguir dinheiro exigido. Um dos sequestradores foi preso no local.

Outros dois criminosos que participaram da ação ainda são procurados.

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