A Comissão de Combate às Discriminações da Assembleia Legislativa do Rio pede que o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual abram investigações para tentar identificar os responsáveis por comentários racistas no perfil do Fluminense no Instagram.
As mensagens foram publicadas em fotos divulgadas pelo clube na rede social nos últimos dias. São centenas de comentários com imagens e emojis de bananas e macacos, feitos principalmente por usuários argentinos.
Os ofícios enviados pela Alerj reúnem diversas postagens e pedem a instauração de inquéritos para apurar o crime de racismo, com o objetivo de coibir novos episódios. O documento ressalta que a rivalidade tem extrapolado os limites dos esportes, com a prática de inúmeros atos racistas.
O presidente da Comissão de Combate às Discriminações da Alerj, o deputado Professor Josemar, destaca a necessidade de identificar e punir os autores dos comentários.
O deputado também encaminhou um ofício à CBF, manifestando preocupação com possíveis atos racistas no Maracanã, durante a final da Libertadores entre Fluminense e Boca Juniors, que ocorre neste sábado (4).
A expectativa é de que a capital fluminense receba cerca de 50 mil torcedores argentinos.
As postagens de cunho racista aconteceram dias depois do Boca Juniors publicar uma lista de recomendações aos torcedores, entre elas a de que eles não pratiquem racismo. O comunicado do clube ainda destaca que cantos e gestos racistas e xenofóbicos são delitos graves e podem levar a até cinco anos de prisão.
Em julho, começou a valer no Rio de Janeiro a Lei Vini Jr, que estabelece medidas de combate ao racismo em estádios, como a interrupção das partidas esportivas em caso de denúncia ou manifestação racista.