Alta de casos de Covid-19 gera impactos em hospitais públicos da cidade

Número de internações, que não superava os 100 há meses, atingiu 120 nesta quinta-feira (9)

Priscila Xavier

Secretaria Municipal de Saúde pediu a abertura de novos leitos Rogerio Santana/Governo do Rio de Janeiro
Secretaria Municipal de Saúde pediu a abertura de novos leitos
Rogerio Santana/Governo do Rio de Janeiro

A alta de casos de covid-19 começa a gerar impactos, mesmo que ainda pequenos, nos hospitais públicos do Rio de Janeiro. O número de internações, que não passava de 100 há alguns meses na rede pública, atingiu 120 nesta quinta-feira (9).

Com o aumento de casos positivos, a capital fluminense registra 22% de taxa de positividade. Diante do cenário, a Secretaria Municipal de Saúde pediu aos governos estadual e federal a abertura de mais leitos. Segundo a pasta, muitos ainda estão bloqueados.

Nesta quarta-feira (8), a Secretaria de Estado de Saúde destinou 40 leitos do Hospital Estadual Dr. Ricardo Cruz, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para pacientes com Covid.

Atualmente, o Estado do Rio tem mais de 5.700 pessoas infectadas. Na capital, são cerca de 1.170 cariocas.

O infectologista José Pozza acredita que o número de infectados seja ainda maior que o registrado, isso porque muitas pessoas não realizam os testes, mesmo tendo contato com contaminados. Há também os autotestes que não são contabilizados pelo Ministério da Saúde.

De acordo com o Boletim Infogripe, divulgado nesta quinta-feira pela Fundação Oswaldo Cruz, 70% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave são de Covid. Os dados, divulgados correspondem a últimas quatro semanas. Além disso, a Covid também foi responsável por mais de 90% das mortes por vírus respiratório.

O boletim também observou o aumento claro de casos semanais de Covid em todas as faixas etárias da população adulta. Entre as crianças e adolescentes, o índice se manteve estável.

O levantamento também apontou que, durante este ano, já foram notificados mais de 155 mil casos de síndromes respiratórias, sendo mais de 80% relacionada à Covid.

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