Uma promessa antiga no Rio de Janeiro é a ampliação da malha ferroviária com trens de alta velocidade. A ideia nunca saiu do papel, mas na semana passada, a Agência Nacional de Transportes Terrestres aprovou o pedido de construção de um trem bala entre Rio de Janeiro e São Paulo, com trajeto feito em 90 minutos. O principal objetivo é desafogar a ponte aérea entre as duas capitais. Mas segundo o arquiteto especializado em mobilidade urbana, Fabricio Freitas, a demanda pode não compensar o alto investimento.
A autorização da ANTT não significa que o projeto vai seguir e, sim ,que uma empresa preencheu os requisitos para iniciar os estudos para a construção da ferrovia. A princípio, a ideia é operar em 2023.
A notícia fez lembrar a chamada era de ouro das ferrovias, no século XX. Época em que o trem de prata já fazia a rota entre a estação Leopoldina, no Rio de Janeiro e a Barra Funda. Em São Paulo. A última viagem aconteceu em 1998 muito pela má conservação da rede férrea e pela concorrência com a ponte aérea.
Fechada desde 2001, Hoje, a Estação Leopoldina nem de longe lembra aquela que já foi a mais importante da cidade. O abandono está em toda parte: muros pichados, janelas quebradas e prédio deteriorado.
O presidente da Associação Fluminense de Preservação Ferroviária, Ricardo Lafayette, acredita que falta investimento dos órgãos públicos para a estação voltar a funcionar.
A Estação da Leopoldina já foi fruto de várias promessas de restauração, o que nunca aconteceu. A última é do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos que estuda uma proposta de criação de um museu ou centro comercial.