
Apesar de apresentar alta, o número de doações de órgãos ficou abaixo da meta proposta para o ano de 2024. O motivo principal foi a elevada taxa de negativa familiar e a redução na taxa de doadores efetivos. Os dados são do Registro Brasileiro de Transplantes, divulgado nesta quinta-feira (10), pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos.
Ao todo, foram realizados 17.089 transplantes de córnea, 6.261 transplantes de rim, 2415 transplantes de fígado, 438 transplantes de coração e 93 transplantes de pulmão. Todos ficaram abaixo da necessidade estimada, mas foram maiores que os números absolutos de transplantes de 2023.
O Conselheiro Consultivo da Associação Brasileira de Transplantes, Gustavo Ferreira, afirma que desafios ainda permeiam a doação de órgãos no país, e o foco deve ser no desenvolvimento das regiões Norte e Nordeste.
São Paulo é o estado que lidera o número de transplantes de córnea e ossos, em 2024.
Em relação ao cenário de transplantes pediátricos, o cenário é de estagnação. No ano passado, foi registrada a inclusão de 725 crianças na lista de espera para transplante de órgãos sólidos no Brasil.
Foram realizados 555 procedimentos, o que representa 76% do total de crianças que ingressaram na lista. No entanto, o número é inferior ao de 2023, e, além disso, 93 crianças morreram enquanto aguardavam o transplante, o que corresponde a 13% do total de novos inscritos.
De acordo com o estudo, houve uma redução de 26% no número de doadores pediátricos, com idades entre 0 e 17 anos. A queda foi de 274, em 2023, para 223, em 2024.