Apesar de apresentar alta, número de doações de órgãos fica abaixo da meta proposta para 2024

O motivo principal foi a elevada taxa de negativa familiar e a redução na taxa de doadores efetivos

Por Ericka Levigard

Apesar de apresentar alta, número de doações de órgãos fica abaixo da meta proposta para 2024
Doações de órgãos
Reprodução

Apesar de apresentar alta, o número de doações de órgãos ficou abaixo da meta proposta para o ano de 2024. O motivo principal foi a elevada taxa de negativa familiar e a redução na taxa de doadores efetivos. Os dados são do Registro Brasileiro de Transplantes, divulgado nesta quinta-feira (10), pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos.  

Ao todo, foram realizados 17.089 transplantes de córnea, 6.261 transplantes de rim, 2415 transplantes de fígado, 438 transplantes de coração e 93 transplantes de pulmão. Todos ficaram abaixo da necessidade estimada, mas foram maiores que os números absolutos de transplantes de 2023.  

O Conselheiro Consultivo da Associação Brasileira de Transplantes, Gustavo Ferreira, afirma que desafios ainda permeiam a doação de órgãos no país, e o foco deve ser no desenvolvimento das regiões Norte e Nordeste.

São Paulo é o estado que lidera o número de transplantes de córnea e ossos, em 2024.  

Em relação ao cenário de transplantes pediátricos, o cenário é de estagnação. No ano passado, foi registrada a inclusão de 725 crianças na lista de espera para transplante de órgãos sólidos no Brasil.  

Foram realizados 555 procedimentos, o que representa 76% do total de crianças que ingressaram na lista. No entanto, o número é inferior ao de 2023, e, além disso, 93 crianças morreram enquanto aguardavam o transplante, o que corresponde a 13% do total de novos inscritos.

De acordo com o estudo, houve uma redução de 26% no número de doadores pediátricos, com idades entre 0 e 17 anos. A queda foi de 274, em 2023, para 223, em 2024.

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