Após mandado de prisão de Abelha sumir, Dino diz que vai conversar com o CNJ

Segundo ele, o caso pode ter envolvido invasão de sistema e a participação de agentes públicos

Por Gabriela MorgadoPedro Dobal

Após mandado de prisão de Abelha sumir, Dino diz que vai conversar com o CNJ
Nesta sexta-feira (13), sete mandados de prisão contra Abelha já estavam no banco do CNJ
Reprodução

Após o mandado de prisão de um dos chefes da facção criminosa Comando Vermelho desaparecer do banco nacional do Conselho Nacional de Justiça, o ministro Flávio Dino diz que o Governo Federal vai entrar em contato com o CNJ. Wilton Carlos Quintanilha, conhecido como Abelha, foi procurado na Operação Maré, realizada nesta semana no complexo da Zona Norte do Rio, após a Polícia ter flagrado traficantes em treinamentos de guerrilha.

Na última segunda-feira (9), o nome dele não constava no sistema. A informação do desaparecimento do mandado foi divulgada pela Folha de São Paulo e confirmada pela BandNews FM.

Em agenda na quarta-feira (11), o chefe do Ministério da Justiça e Segurança Pública disse que a pasta vem tentando resolver os problemas da segurança pública do País. Flávio Dino ressaltou que vai entrar em contato com o presidente do CNJ, o ministro Luís Roberto Barroso, para conversar sobre a apuração do caso, que, segundo ele, pode ter envolvido invasão de sistema e a participação de agentes públicos.

Nesta sexta-feira (13), sete mandados de prisão contra Abelha já estavam no banco nacional do CNJ. Eles foram expedidos entre julho de 2021 e setembro deste ano.

Wilton Quintanilha saiu do Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, em 2021, mesmo com mandado de prisão ativo, e não voltou à cadeia. O então secretário de Administração Pública do Rio, Raphael Montenegro, chegou a responder por associação para o tráfico, investigado, entre outras coisas, por um possível acordo com criminosos para a soltura de Abelha.

De acordo com as investigações do caso dos médicos assassinados em um quiosque no Rio, teria partido do traficante a ordem para matar os acusados pelo crime. Eles teriam confundido um dos ortopedistas com um miliciano.

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