Assassinato de Dom Philips e Bruno Pereira completa um ano

Familiares cobram ações mais efetivas na região onde os dois foram mortos

Por Gabriela Souza

Assassinato de Dom Philips e Bruno Pereira completa um ano
Dom e Bruno foram assassinados durante uma viagem pelo Vale do Javari há um ano
Divulgação

Familiares do jornalista Dom Philips, morto junto com o amigo indigenista Bruno Pereira, no Amazonas, cobram ações mais efetivas na região onde os dois foram assassinados há um ano. O crime foi cometido enquanto eles trabalhavam no Vale do Javari, a segunda maior terra indígena do Brasil.

Durante um ato em memória a morte do ativista, nesta segunda-feira (05), em Copacabana, na Zona Sul do Rio, parentes e amigos reforçaram que os dois deixaram um legado.

Segundo Marcos Faria Sampaio, cunhado de Dom, a esperança é que as autoridades intensifiquem a fiscalização e preservem a segurança dos povos indígenas que vivem na região.

"Eu acho que o povo de lá precisa de ações mais efetivas, porque os povos continuam morrendo. Só exploração e ganância. A gente tá seguindo a nossa vida da forma que tem que seguir e na expectativa e na esperança, que esse legado deixado seja uma fagulha para que ações efetivas, realmente, naquela região, se concretizem e que as pessoas sejam expulsas de lá, que não têm referência nenhuma naquele local."

A área onde os dois morreram registra recorrentes casos de violência e invasões motivadas pela pesca ilegal, garimpo e grilagem de terras. Apesar das operações realizadas após o crime, até hoje, os indígenas continuam sob ameaça.

Os três réus acusados pela morte de Dom e Bruno, continuam presos de forma preventiva. A Justiça marcou novas audiências para os no dias 26 e 27 de junho e 3 de julho na Vara Federal de Tabatinga, no Amazonas.

Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima vão ser ouvidos da 5ª Vara Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Já o depoimento de Amarildo da Costa de Oliveira vai ser direto do presídio federal de Catanduvas, no Paraná.

A previsão é de que além dos réus, outras nove testemunhas sejam ouvidas.

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