Assassinato de Patrícia Amieiro completa 14 anos

Crime segue até hoje em solução

Carlos Briggs

Morte de Patrícia Amieiro completa 14 anos Reprodução/BandNews FM
Morte de Patrícia Amieiro completa 14 anos
Reprodução/BandNews FM

Uma audiência prevista para o dia 30 de junho pode marcar uma reviravolta no caso da engenheira Patrícia Amieiro. A morte dela completou 14 anos nesta terça-feira.

Na sessão, será decidido se uma testemunha do crime vai ser ouvida em juízo. O taxista deu detalhes do assassinato ao Ministério Público e chegou a dizer que a jovem, na época com 24 anos, foi retirada do carro pelos PMs ainda com vida. A informação nuca tinha sido revelada, mesmo mais de uma década após o crime.

Patrícia Amieiro foi morta na madrugada do dia 14 de junho, quando voltava de uma festa e chegava à Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A investigação da Polícia Civil e do MP concluiu que dois policiais militares confundiram o carro da jovem com o de um traficante, fuzilaram o veículo da engenheira e sumiram com o corpo dela.

A sobrinha de Patrícia, de 9 anos, até hoje questiona o motivo de a tia ter sido assassinada, como conta a avó da menina Tânia Amieiro.

Minha neta ao ver o noticiário do caso da Patrícia, me pergunta: 'vó, porque a Polícia matou a tia Paty. A tia Paty não era bandida'. Eu não sei o que responder porque não tem resposta, diz a avó

A chance de a testemunha ser ouvida em um novo júri só acontece por conta de um recurso tanto do advogado dos militares, como também da família Amieiro. Ambas as partes discordaram da sentença dada no fim de 2019, que condenou dois policiais por fraude processual, mas absolveu os quatro PMs da acusação de homicídio.

O advogado Alexandre Dumãns, que representa os parentes da engenheira, acredita que um novo julgamento provocaria uma reviravolta no caso.

Essa testemunha vai ser fundamental para provar a culpa dos policiais militares no caso, afirma Alexandre

Irmão de Patrícia, Adryano Ameiro, resume o sentimento da família.

A defesa dos policiais afirma que os militares são inocentes e que vai provar, numa eventual formação de novo júri, que todos os PMs devem ser absolvidos.

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