Uma assembleia marcada para a próxima terça-feira (21) deve definir se os servidores dos institutos nacionais de Traumatologia e Ortopedia, do Câncer e de Cardiologia vão aderir à greve da categoria.
A paralisação nos seis hospitais federais do Rio foi aprovada na semana passada e começou na quarta (15). Alguns atendimentos foram cancelados, como cirurgias, consultas e exames eletivos não oncológicos. Pelo menos 30% dos profissionais vão continuar trabalhando.
Uma reunião com a gestora dos hospitais federais, Teresa Navarro Vanucci, está marcada para esta sexta (17). A diretora alega que as negociações com a categoria já começaram e afirma que espera que a greve seja encerrada em breve.
A enfermeira Roberta Vitorino trabalha no Hospital Federal dos Servidores do Estado, na Saúde, no Centro do Rio, desde 2006. Ela conta que os profissionais são obrigados a lidar com uma série de problemas nas unidades.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, acredita que a interrupção de atendimentos na rede federal vai pressionar ainda mais o restante do sistema de saúde.
A Secretaria Municipal de Saúde afirma que há mais de 500 pacientes internados na rede municipal aguardando transferência para unidades de alta complexidade, sendo 48 somente de oncologia.
Segundo o sindicato que representa a categoria, a greve tem o objetivo de impedir que o Ministério da Saúde divida a administração das unidades com a Prefeitura, o Governo do Rio, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares e grupos privados.
Os profissionais também pedem mais verbas para os hospitais, a realização de concurso público para cobrir a falta de pessoal, o pagamento do grau máximo do adicional de insalubridade e o respeito integral do piso da enfermagem.
Em nota, o Ministério da Saúde alega que convocou mais de mil profissionais, prorrogou mais de 1,7 mil contratos temporários e se disponibilizou para ouvir todas as reivindicações da categoria. O Departamento de Gestão Hospitalar diz ainda que orientou que seja mantido o funcionamento pleno dos serviços para que a população não deixe de ser atendida.