Aulas da UERJ do Campus Maracanã vão ser retomadas nesta terça-feira

As atividades estavam suspensas há cerca de um mês, desde que estudantes ocuparam o pavilhão João Lyra Filho, em protesto contra cortes em bolsas de assistência

Por Pedro Dobal

Aulas da UERJ do Campus Maracanã vão ser retomadas nesta terça-feira
Uerj
Divulgação

As aulas no principal prédio do Campus Maracanã da Uerj, na Zona Norte do Rio, vão ser totalmente retomadas nesta terça-feira (24).  

As atividades estavam suspensas há cerca de um mês, desde que estudantes ocuparam o pavilhão João Lyra Filho, em protesto contra cortes em bolsas de assistência.  

Nesta segunda-feira (23), integrantes da Reitoria fizeram uma inspeção no prédio e encontraram um cenário de destruição. O portão de uma das entradas estava solto e o vidro foi quebrado. Mesas, cadeiras e até uma geladeira foram usadas como barricadas pelos manifestantes.

Pedras foram encontradas no hall de entrada. Armários e gavetas estavam revirados, almofadas foram rasgadas e mangueiras de incêndio estavam estiradas pelo chão.

Em um dos banheiros, a pia foi retirada do lugar e parte da parede foi quebrada. Divisórias de drywall também foram destruídas.  

Computadores foram abertos pelos estudantes e tiveram os Hds com informações pessoais e dados de pesquisa removidos. Tablets, notebooks e outros equipamentos sumiram.  

Em um corredor, uma pichação em tom de ameaça dizia: "voltaremos mais fortes e preparados".  

A reitora da Uerj, Gulnar Azevedo, afirma que a universidade já começou a contabilizar os prejuízos e deve punir os responsáveis pelas depredações.

Ao longo desta segunda-feira (23), funcionários trabalharam para reorganizar o prédio e possibilitar o retorno das atividades. Ao todo, 26 mil alunos ficaram cerca de um mês sem aulas.

No sábado (21), a Polícia Civil também realizou uma perícia no prédio e investiga o dano ao patrimônio público.  

A ocupação dos estudantes foi encerrada na sexta-feira (20), depois que o Batalhão de Choque entrou no campus. Os militares usaram bombas de efeito moral e spray de pimenta. Manifestantes chegaram a atear fogo em pneus na Avenida Rei Pelé, que foi totalmente interditada em ambos os sentidos.

Quatro pessoas chegaram a ser detidas, entre elas o deputado federal Glauber Braga, mas todos foram liberados horas depois. 

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