O BNDES deve entregar até o fim de dezembro um relatório final com as propostas de remodelação de prédios públicos desocupados ou subutilizados na Região Central do Rio. O banco de fomento selecionou 46 imóveis que vão receber propostas de mudanças.
Caso sejam aprovadas pelos donos, há várias possibilidades de aproveitamento, como venda, concessão, ou mesmo retrofit, processo que tem como objetivo restaurar prédios antigos de forma a preservar a arquitetura original.
Em conversa com jornalistas após a Conferência Aliança Centro-Rio, que discute a revitalização do Centro, o Chefe do Departamento de Ativos Imobiliários Públicos do BNDES, Osmar Lima, afirmou que o objetivo é trazer visão de futuro.
"O objetivo é construir uma visão de futuro, trazer uma visão diferente. É um estudo com foco em provocar o ente público, seja ele federal, municipal ou estadual, a fazer alguma coisa com seus imóveis para ajudar nesses processos".
No evento foram debatidos os cinco principais programas em vigor que buscam impulsionar o crescimento econômico no Centro do Rio. Entre as metas estão a implantação da primeira área de revitalização econômica da cidade, a reconversão de imóveis comerciais para uso misto ou residencial e o foco em trazer moradores para a região.
No entanto, em meio aos mais diversos incentivos, o local ainda passa pelo dilema da insegurança pública. O presidente da Aliança Centro Rio, Marcelo Haddad, afirma que melhorias estão sendo avaliadas nesse sentido.
"Na área de revitalização econômica que a gente fará na Rua São José, a gente está trazendo um modelo de monitoramento de câmeras conectado com a polícia. Ou seja, a gente vai ter mais policiais e monitoramento".
A Aliança Centro Rio surgiu em setembro de 2021. A organização foi composta por proprietários de imóveis no Centro que se uniram para criar ações que pudessem ajudar a revitalizar a região, que chegou a ter quase a metade dos prédios desocupados durante a pandemia.