Câmara do Rio vai sortear relator de processo contra Gabriel Monteiro

Conselho de Ética fará reunião na próxima terça-feira (12), após parlamentares decidirem acatar denúncia

Thuany Dossares

Gabriel Monteiro enfrenta novas acusações na Câmara do Rio Renan Olaz/CMRJ
Gabriel Monteiro enfrenta novas acusações na Câmara do Rio
Renan Olaz/CMRJ

O Conselho de Ética da Câmara do Rio vai se reunir na próxima terça-feira (12), para sortear o relator do processo contra Gabriel Monteiro. Nesta sexta-feira (8), a Comissão de Justiça e Redação da casa aceitou a representação contra o vereador. Durante uma reunião, os parlamentares decidiram, por maioria dos votos, acatar a denúncia.

Os parlamentares apuram se houve quebra de decoro por parte do ex-PM. O procurador-geral da Câmara, José Luiz Minc, declarou que agora o processo está efetivamente aberto.

Atualmente, a Câmara do Rio tem cerca de 14 denúncias registradas contra o vereador youtuber. A representação pode levar à cassação do mandato do vereador.

A última denúncia contra Monteiro foi apresentada na segunda-feira, pelo deputado estadual Gustavo Schmidt, que disse ter sido perseguido pelo vereador.

Em depoimento à polícia, o ex-assessor Vinicius Hayden Witeze confirmou que Gabriel dava ordens para que ele investigasse o deputado, para encontrar algo que pudesse ser usado contra Gustavo.

Na quinta-feira (7), Gabriel foi alvo de uma operação da Polícia Civil, que investiga denúncias de estupro, assédio sexual e moral, o vazamento de vídeos de sexo explícito do parlamentar, inclusive com uma adolescente de 15 anos.

Ex-funcionários de Gabriel também prestaram depoimentos à polícia e contaram que o vereador do Rio costuma se relacionar com menores de idade e exibia as adolescentes como troféus. Os assessores falaram que o político chegava a ironizar a situação dizendo que abriria uma creche. Segundo eles, Gabriel sempre soube que uma das meninas que aparece num vídeo íntimo com ele tinha apenas 15 anos. De acordo com os depoimentos, ele gostava de se vangloriar que ela era o que ele chamava de "sua novinha e sua bebê".

Baseada nesses depoimentos, a delegada Talita Carvalho, da Delegacia do Recreio, concluiu que não há mais dúvida de que o vereador tinha ciência da menoridade da menina do vídeo, e mesmo assim, isso não impediu o vereador de produzir vídeos de sexo entre eles.

Os ex-assessores ainda afirmaram que os eventos na casa do vereador do Rio Gabriel Monteiro eram regados à orgias com menores de idade e uso de diversas drogas.

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