Câmeras de segurança registraram últimos momentos de empresário morto no Rio

O empresário aparece tossindo várias vezes e chega a se escorar no espelho

Por Bruna NavarroMyllena Vianna

Câmeras de segurança registraram últimos momentos de empresário morto no Rio
Disque Denúncia divulgou cartaz para obter informações sobre o paradeiro de Júlia
Divulgação

O Disque Denúncia pede informações sobre a principal suspeita de dopar e matar um empresário na Zona Norte do Rio. De acordo com as investigações, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, namorava o empresário e está foragida. Contra ela, foi expedido um mandado de prisão por homicídio.

O corpo de Luiz Marcelo Antonio Ormond, de 44 anos, foi encontrado no dia 20 de maio em estado avançado de decomposição, dentro do apartamento onde ele morava. A vítima foi vista pela última vez por vizinhos, saindo da piscina do edifício acompanhado da namorada.

Câmeras do condomínio registraram o casal no elevador, pouco antes das seis da noite no dia 17. O empresário aparece tossindo várias vezes e chega a se escorar no espelho. Antes de uma outra pessoa entrar no elevador, é possível ver Luiz Marcelo dizendo algo como "não tô bem não".

Câmeras do circuito de segurança do prédio mostram que a acusada entrou e saiu do local nos dias seguintes ao crime, em uma das vezes, ela deixa a casa do empresário, com algumas caixas. Em outro momento, Júlia Pimenta ainda vai à academia, mesmo com o namorado morto, dentro do apartamento.

Familiares e vizinhos definem Luiz Marcelo como uma pessoa boa. O primo da vítima, Pedro Paulo Ormond, disse que Luiz ficou muito triste depois da perda da mãe e acredita que a acusada usou esse momento de fragilidade da vítima.

“Uma pessoa maravilhosa, que com certeza ficou vulnerável demais, né? Depois da perda da mãe, tendo essa moça aí se aproveitado dessas condições dele, teve um envolvimento com ele antes da mãe falecer, a mãe desaprovava, depois retornou pra vida dele e se aproveitou demais do meu primo, tenho certeza disso. Ele ajudava as pessoas que mais precisavam e não precisava nem ser parente, isso tudo dito pelos amigos e vizinhos, estava sempre disposto a ajudar. Um cara do bem. A família quer justiça!”

A tia do empresário, Vera Lúcia Ormond, diz que sentia um ressentimento por Júlia, que não sabia explicar.

“Ele foi um garoto excelente, tratava bem todas as pessoas. Estava tão feliz porque ele estava namorando essa moça que eles já tinham conhecido um tempo atrás, e ela foi morar com ele. Eu tinha um ressentimento, não sei quando ele contava as coisas dela, eu sempre sentia um aperto no meu coração, mas eu não sei o que era. Eu pensava, não, não é nada demais, ele está feliz dele com ela, isso é coisa minha. E não era, infelizmente não era, era um pressentimento.”

Na terça (28), agentes prenderam uma outra mulher acusada de envolvimento no crime. Suyane Breschak trabalhava como cigana e teria ajudado Júlia a se desfazer dos bens de Luiz incluindo o carro da vítima. O veículo foi encontrado em Cabo Frio, na Região dos Lagos. O delegado Marcos André Buss acredita que Júlia teria praticado o crime por influência de Suyane.

Em depoimento, Suyane confessou ter ajudado Júlia, pois a suspeita tinha uma dívida de cerca de R$600 mil com ela. Suyane afirmou ainda que na data do crime Júlia teria oferecido a Luiz Marcelo um brigadeirão com 50 comprimidos de um remédio dor moídos e dissolvidos no doce.

As investigações apontam ainda que o carro pode ter sido vendido por uma quantia de R$ 75 mil. O homem que estava com o veículo chegou a apresentar um documento de compra escrito à mão. Segundo ele, o papel havia sido assinado pela vítima.

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