O contraventor Ailton Guimarães Jorge, de 81 anos, conhecido como Capitão Guimarães, vai responder à acusação de homicídio em regime domiciliar.
O pedido de habeas corpus da defesa foi atendido em decisão do desembargador Heleno Ribeiro Pereira. O bicheiro já está em casa, onde deverá permanecer com a utilização de tornozeleira eletrônica.
Além disso, o militar da reserva do Exército Brasileiro terá que entregar o passaporte e não poderá se mudar sem comunicar à Justiça.
A defesa de Capitão Guimarães alegou a idade avançada do contraventor e o tratamento de um câncer. Além disso, o texto aponta que Ailton Jorge, de 81 anos, sofre com insuficiência cardíaca.
A Justiça proibiu a visita de pessoas que não sejam parentes de até segundo grau ou advogados do acusado.
O bicheiro que é um dos mais antigos do Rio foi preso em operação da PF na quarta-feira em Camboinhas, na Região Oceânica de Niterói. Ele, o policial civil Alzino Carvalho de Souza e o ex-policial militar Deveraldo Lima Barreira são acusados de matar Fábio de Aguiar Sardinha, em julho de 2020 em São Gonçalo, na Região Metropolitana. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, o grupo criminoso monitorava a vítima desde 2017.
Os investigados também são suspeitos de envolvimento na organização criminosa, que monopoliza a exploração do jogo do bicho, máquinas caça-níqueis e outras apostas no estado. A primeira denúncia da participação de Capitão Guimarães nos jogos de azar foi em 1985. Segundo o Ministério Público, Ailton Jorge chegou a dominar áreas em território que se estendeu de Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana do RIo, até o estado do Espírito Santo.
Um funcionário do contraventor chegou a atacar uma equipe da Polícia Federal em Búzios,na Região dos Lagos, quando um mandado de busca e apreensão estava sendo cumprido. Ninguém ficou ferido.
A reportagem da BandNews FM tenta contato com a defesa dos acusados.