Casas e prédios são erguidos às margens da Linha Vermelha

Construções já ultrapassam barreiras acústicas e chegam até quatro andares de altura

Por Gabriela Souza

Área é alvo de arrastões e de tráfico de drogas  Gabriela Souza/BandNewsFM
Área é alvo de arrastões e de tráfico de drogas
Gabriela Souza/BandNewsFM

Mesmo depois de diversas denúncias sobre as construções irregulares às margens da linha Vermelha, casas e  prédios continuam sendo erguidos, apesar de algumas intervenções da Prefeitura do Rio. As edificações já ultrapassam as barreiras acústicas. Algumas chegam a ter quatro andares de altura.

Quem passa de ônibus  pela região reclama da falta de fiscalização.

Há, pelo menos, 4 anos, equipe de reportagem aponta o avanço de moradias irregulares sendo construídas sem o acompanhamento dos órgãos públicos às margens da Linha Vermelha.  

A Subprefeitura da Zona Norte disse que  age em conjunto com  os demais órgãos da Prefeitura sempre que recebem denúncias a respeito de construções irregulares na região citada. E que no dia 15 de julho, inclusive, atuou para derrubar algumas lojas de construção irregularmente estabelecidas no trecho.

A subprefeitura justificou ainda que por se tratar de uma área sob influência do tráfico de drogas, é necessário o suporte operacional das polícias militar e civil, cuja disponibilidade é limitada. Não só por uma questão de efetivo mas também em razão dos limites impostos pela Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 635) do Supremo Tribunal Federal.

Já a Secretaria de Ordem Pública disse  que tem realizado uma série de demolições na região, algumas ainda em processo de demolição, e que, e também argumentou que devido à influência do crime organizado no local, precisa do  apoio das forças de segurança para a continuidade das operações.

Um dos pontos onde se concentram as construções irregulares também é vulnerável pelos arrastões.

A SEOP  também afirmou  que vai programar uma vistoria no local, juntamente com as lideranças comunitárias e das forças policiais, uma vez que se trata de uma área sob influência do crime organizado e que desde o 2021 já foram realizadas cerca de 50 demolições na comunidade da Maré.

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