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Caso Henry: Justiça do Rio decide que Monique Medeiros volte para a cadeia

Acusada de participação na morte do filho, a professora estava em prisão domiciliar desde o dia 5 de abril

Thuany Dossares

Monique Medeiros estava em prisão domiciliar há pouco mais de 1 mês
Monique Medeiros estava em prisão domiciliar há pouco mais de 1 mês
Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Justiça do Rio decide que Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, volte para a cadeia. Acusada de participação na morte do filho de 4 anos, em março do ano passado, a professora está em prisão domiciliar, sendo monitorada por tornozeleira eletrônica, desde o dia 5 de abril. O ex-vereador Jairinho, que era namorado de Monique, também responde pela morte do enteado e segue preso.

Em audiência realizada na tarde desta terça-feira (28), os desembargadores da 7ª Câmara Criminal decidiram, por unanimidade que a suspeita aguarde julgamento em um batalhão prisional.

Há pouco mais de um mês, o engenheiro Leniel Borel, pai da criança, entrou com um pedido na Justiça pedindo que a conversão da prisão preventiva em domiciliar da ex-esposa fosse reconsiderada. Na petição feita pelos advogados, Leniel, que é assistente de acusação, destacava que em caso de falta de segurança no presidio para a detenta, o Estado deveria dar outro presídio como alternativa.

Ao saber que a professora vai voltar para a cadeia, Leniel Borel comemorou.

A decisão dos magistrados acompanhou o parecer do Ministério Público do Rio. O promotor Fábio Vieira também havia apresentado, em abril, um recurso à Justiça contra a soltura de Monique Medeiros.

Para conseguir a prisão domiciliar, a defesa de Monique alegou que a acusada sofria ameaças no presídio.

Mas, para o desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, relator do processo, ((o fato de ela estar em local sigiloso faz com que não possa haver fiscalização pelo MP, assim como dificulta que o Estado possa assegurar sua integridade.

Neto analisou ainda que, na decisão de 1ª instância, foi concedida liberdade sem determinação de alvará de soltura e que não houve comprovação das ameaças alegadas pela defesa de Monique para a concessão da medida. O magistrado lembrou também que a acusação a que a ré responde é por homicídio praticado com tortura, havendo, no caso, violência extremada, sendo um crime hediondo.

Procurado, o advogado Hugo Novais, que representa Monique, declarou que vai aguardar a publicação da decisão, que não será feito de forma imediata, segundo ele, para se manifestar.