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Caso Kathlen Romeu: nove testemunhas são ouvidas em primeira sessão

Nova audiência foi marcada para o dia 27 de junho

Thuany Dossares

Kathlen foi atingida por um tiro durante operação no Complexo do Lins
Kathlen foi atingida por um tiro durante operação no Complexo do Lins
Reprodução/Redes Sociais

Uma nova audiência sobre o caso da jovem Kathlen Romeu, de 24 anos, foi marcada para o dia 27 de junho. A alteração foi para que o Cabo Juan Fernandes Lima preste depoimento na Auditoria da Justiça Militar, no processo que julga cinco policiais militares por fraude processual e falso testemunho, por suspeita de terem modificado a cena do crime.

Nesta segunda-feira (16), nove testemunhas foram ouvidas na primeira sessão sobre a morte da jovem, onze meses após ela ser atingida por um tiro no tórax no Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio, em junho do ano passado, durante uma ação da Polícia Militar. Ela estava grávida de quatro meses e o bebê também não resistiu.

O depoimento de Juan Lima também estava marcado para esta segunda, mas ele não compareceu, alegando questões médicas.

Os primeiros a falar foram a avó, a mãe e o pai de Kathlen. Eles afirmaram que não houve confronto, porque não tinham traficantes armados na rua no momento da ação policial. Os familiares ainda disseram que a jovem foi vítima de um Tróia, que é uma espécie de emboscada para surpreender criminosos.

A mãe de Kathlen, Jaqueline Oliveira, diz que ainda sofre com a morte da filha e do neto e espera por justiça.

Em seguida, seis PMs, que não são investigados, prestaram depoimento como testemunhas. Eles alegaram que houve troca de tiros.

Os policiais militares Jeanderson Correa Sodré, Rodrigo Correia de Frias, Claudio da Silva Scanfela, Marcos Felipe da Silva Salvia e Rafael Chaves de Oliveira são réus por fraude processual e falso testemunho. Eles também estiveram na audiência e acompanharam os depoimentos apenas dos colegas de farda.

Integrante da Comissão de Direitos Humanos da OAB, o advogado Rodrigo Mondego, explica que os cinco réus devem ser interrogados numa audiência que será marcada após a sessão do dia 27 de junho. Mondego conta que a família da vítima vive a expectativa de haja denúncia por homicídio também.

A audiência aconteceria, inicialmente, no dia 11 de abril, mas foi adiada por um erro processual, segundo a família.