Mais de 60 testemunhas devem ser ouvidas a partir da próxima semana pelo Supremo Tribunal Federal em ação penal aberta sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Os depoentes foram arrolados pelas defesas dos réus envolvidos no caso. A audiência vai ser retomada na próxima segunda-feira (09).
O ex-policial militar Ronnie Lessa, que confessou ter atirado na parlamentar, e Élcio Queiroz, que dirigia o carro usado no ataque, já foram ouvidos pelo STF. Ao todo, onze pessoas foram intimadas para depor. Entre elas, o miliciano Orlando Curicica, o secretário municipal de Ordem Pública do Rio e delegado, Brenno Carnevale, e a assessora de Marielle, Fernanda Chaves, que estava no carro no dia do crime em 2018, mas sobreviveu.
São réus na ação Domingos e Chiquinho Brazão, apontados como mandantes do crime, o ex-chefe de Polícia Civil Rivaldo Barbosa, que teria ajudado a obstruir as investigações, além de Ronald Paulo alves Pereira, conhecido como major Ronald, e Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe.
Robson é apontado pelos investigadores como miliciano, que teria ajudado a intermediar o primeiro encontro de Ronnie Lessa com os irmãos Brazão. Já major Ronald seria o responsável por alertar os demais envolvidos sobre a localização de Marielle no dia do assassinato.