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Caso Moïse: gerente do quiosque e envolvido trocam mensagens após o crime

O acusado revelava intenção de se entregar à polícia e pedia orientações sobre a repercussão do episódio

Gustavo Sleman

Para os investigadores, não foi dada devida importância ao grave relato do autor Fernando Frazão/Agência Brasil
Fernando Frazão/Agência Brasil

Um dos presos acusados de envolvimento na morte do congolês Moïse Kabagambe, em um quiosque na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, procurou o policial militar apontado como gerente do estabelecimento onde o jovem estava trabalhando antes de ser agredido em janeiro.

A informação faz parte dos depoimentos colhidos pela Polícia Civil. Entre os dias 26 e 27 do último mês, Aleson Cristiano de Oliveira, o Dezenove, conversou por meio de um aplicativo com Alauir de Matos Faria.

Nas trocas de mensagens, Aleson pedia orientações sobre sobre como proceder em relação a repercussão do crime, também declarando arrependimento por seus atos e sua intenção de se entregar para as autoridades.

De acordo com a polícia, Alauir forneceu, de forma espontânea, prints e áudios das conversas. Em um dos trechos, Aleson comunicou ao PM que procurou a Defensoria Pública para se entregar e confessar envolvimento no homicídio, mas que foi dispensado.

Na análise dos investigadores, funcionários do órgão não deram a devida atenção ao que consideram como "grave relato do autor". Os áudios e textos foram anexados ao procedimento policial que investigou o caso.

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