A concessionária de distribuição de água Iguá realiza uma obra de melhoria na rede da empresa nesta terça-feira (11), mesmo dia que vai acontecer uma manutenção emergencial da Cedae. O trabalho da Iguá começa às 9h nas redes da Barra da Tijuca, da Cidade de Deus, da Freguesia, de Jacarepaguá e da Taquara, na Zona Oeste do Rio, e deve durar 12 horas. As manutenções acontecem todos os dias na Zona Oeste até a sexta-feira (14).
Já a manutenção da Cedae vai das 7h às 16h, em uma adutora da Estação de Tratamento Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A medida foi confirmada na sexta-feira passada (7), após um vazamento ter sido identificado.
No fim do ano passado, por causa de manutenções da Cedae e das concessionárias realizadas ao mesmo tempo, com atraso, moradores do Rio chegaram a ficar uma semana sem água.
Em nota, a Iguá afirmou que terminou o trabalho antes do prazo previsto no ano passado e que o planejamento e execuções de suas intervenções seguem os mesmos protocolos. A concessionária disse ainda que os cronogramas de obras são sempre avaliados caso a caso, sempre considerando os impactos para a população atendida.
Já a Águas do Rio disse que não tem intervenções programada para o período de manutenção da Cedae. A Rio+Saneamento não informou se fará trabalhos de manutenção nesta terça (11).
Apesar disso, moradores de diversas regiões do Rio convivem com problemas na distribuição de água pelas concessionárias.
Águas do Rio teve um serviço emergencial há quatro dias e estamos sem água. Guandu diz que vai fazer uma manutenção. Houve aumento de 20% da conta e isso aqui é recorrente, a gente não tem água. A gente passa uma semana pingando água e, quando chega outra semana, começa a manutenção, serviço emergencial. Aqui é Santa Teresa.
Sou proprietário do Santos Restaurante, localizado no Centro do Rio. Estamos entrando na terceira semana sem água. A empresa relata todos os dias que tem manutenção e que tem que aguardar 72 horas para o retorno da água. Nosso público está sendo bastante prejudicado, e o custo em relação à compra de água no restaurante também é tão absurdo.
Sou morador do bairro Camarão, em São Gonçalo. A gente tem a rotina. Tem um ciclo de cair água uma vez por semana, o abastecimento não é constante. Conseguir suportar esse período de falta de água é muito difícil. Eles informam para a gente que não há intercorrências na região e que vão enviar em caráter emergencial um técnico. Ele vem aqui nas nossas casas, constata realmente o desabastecimento, fala que está solicitando melhorias para a região, mas isso nunca acontece. Eu tenho um bebê em casa. Para a gente conseguir ficar em casa com esse calor, tem que dar banho nele, pelo menos umas três vezes por dia.
A previsão da Cedae é que a produção de água seja normalizada em sua totalidade assim que a manutenção for concluída. A distribuição pelas concessionárias volta ao normal gradualmente, levando 48 horas ou mais.
59 bairros da capital e seis cidades da Baixada Fluminense vão ser afetados:
RIO+SANEAMENTO:
Bangu, Barra de Guaratiba, Campo dos Afonsos, Campo Grande, Cosmos, Deodoro, Gericinó, Guaratiba, Ilha de Guaratiba, Inhoaíba, Jardim Sulacap, Jabour, Magalhães Bastos, Paciência, Padre Miguel, Pedra de Guaratiba, Realengo, Santa Cruz, Santíssimo, Senador Camará, Senador Vasconcelos, Sepetiba, Vila Kennedy e Vila Militar.
ÁGUAS DO RIO:
Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, Nova Iguaçu, Queimados e São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e Rio de Janeiro (Centro), Engenho da Rainha, Del Castilho, Higienópolis, Bonsucesso, Ilha do Governador, Rocha, Benfica, Riachuelo, Sampaio, São Francisco Xavier, Triagem, Manguinhos, Penha, Vila Kosmos e Penha Circular, na capital.
IGUÁ:
Anil, Barra da Tijuca, Barra Olímpica, Camorim, Cidade de Deus, Curicica, Freguesia, Gardênia Azul, Grumari, Itanhangá, Jacarepaguá, Joá, Pechincha, Praça Seca (parcialmente), Recreio dos Bandeirantes, Tanque, Taquara, Vargem Grande e Vargem Pequena.
Segundo o Comitê da Bacia Hidrográfica do Guandu, atualmente, o reservatório equivalente, que leva em consideração os reservatórios e usinas elevatórias que afetam o volume de água no Sistema Guandu, está com 73,6% da capacidade. No ano passado, no mesmo período, a taxa era de 48,5%. É considerado estado de alerta quando o volume chega a 40%.
