O deputado federal Chiquinho Brazão volta a negar envolvimento nas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes e afirma que é vítima da acusação do réu confesso Ronnie Lessa. A declaração foi dada durante depoimento ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (16) na sessão do processo que pode levar à cassação do mandato do parlamentar.
Chiquinho prestou depoimento por videoconferência, já que está preso desde março acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora junto com seu irmão, Domingos Brazão.
Na oitiva, o político afirmou que sempre teve um bom relacionamento com a vereadora.
Chiquinho garantiu ainda que não possui ligação com grupos milicianos.
Agora, a defesa do acusado tem até sete dias úteis para enviar as alegações finais. Já a relatora do caso, a deputada Jack Rocha, tem até o dia 5 de agosto para finalizar o documento de instrução probatória. Após o procedimento, a parlamentar vai iniciar o relatório final do processo.
O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, também foi ouvido na sessão desta terça-feira (16). Ele foi arrolado como testemunha pela defesa do parlamentar e também prestou depoimento por videoconferência.
Domingos Brazão voltou a negar envolvimento com a milícia e com as mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Durante seu depoimento, o conselheiro disse que ele e o irmão estão presos injustamente. Domingos ainda chorou ao falar sobre o tempo em que está detido.
O conselheiro vice-Presidente do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, Thiago Ribeiro, e o ex-deputado estadual Carlos Alberto Lavrado Cupello também foram ouvidos como testemunhas de defesa.
Os dois afirmaram acreditar que o deputado Chiquinho Brazão não possui ligação com grupos milicianos.