Por conta dos recorrentes furtos de peças de túmulos nos cemitérios do Rio, a solução encontrada pela aposentada Cristiane Zieme foi pagar um funcionário do Cemitério do Caju, na Zona Portuária, para fazer a segurança do túmulo dos seus pais.

A prática criminosa está cada vez mais frequente. Além do Caju, no Cemitério São João Batista, na Zona Sul do Rio, patrimônio cultural e histórico da cidade, os bandidos levaram letras de identificação, santos, cruzes, esculturas e brazões. Os furtos são realizados a noite, e por isso, segundo funcionários do local, a segurança foi reforçada.

Cristiane conta ainda, que no túmulo dos seus sogros, no Cemitério São João Batista, os bandidos levaram todas as letras de identificação de bronze dos dois nomes.

Um túmulo no cemitério São João Batista, por exemplo, tem um custo altíssimo de compra, de cerca de 50 mil reais, podendo variar de acordo com o tamanho do jazigo, além do preço para manutenção.

Já o gerente comercial Alberto da Silva, mantém um túmulo da família no cemitério do Caju, e precisou pagar 8 mil reais de manutenção esse mês.

Funcionários do Cemitério São João Batista, que conversaram com a reportagem afirmam que o local era administrado pela empresa Santa Casa, e na época a pratica de furto não era muito comum. No entanto, a administração mudou, e agora a concessionária RioPax é responsável pelo cemitério. Com a mudança, apesar de medidas de segurança terem sido implementadas como fechamento dos portões, principalmente a noite, seguranças percorrendo o cemitério dia e noite, os furtos passaram a ser mais recorrentes. Procurada, a RioPax não se pronunciou.

Já no Cemitério do Caju, na Zona Portuária, a situação é contrária. Funcionários afirmam que quando a Santa Casa administrava o cemitério, os furtos eram recorrentes, mas agora a responsabilidade é da empresa Reviver, que intensificou a segurança no local, com pessoas circulando de moto, tanto de dia, quanto à noite, para coibir a ação dos criminosos, e a prática não tem sido tão recorrente.

NOTA DA CONCESSIONÁRIA REVIVER

A concessionária Reviver esclarece que mantém segurança e câmeras 24 horas por dia nos cemitérios que administra. importante lembrar que apenas os túmulos bem antigos possuem o tipo de adorno citado na matéria.

Atualmente, aconselhamos o cliente a usar ténicas mais modernas e menos sujeitas a ocorrências como furtos e mesmo o desgaste natural, que muitas vezes leva ao desprendimento do apetrecho. Já encontramos vários soltos ou caídos.

É urgente que as autoridades competentes façam a atualização da legislação sobre a instalação de adornos de valor. A lei em vigor data de 1861. Para alertar aos nossos clientes, instalamos placas com os dizeres da lei nos cemitérios que administramos.