Clientes denunciam golpe de empresa ao tentarem financiar compra de veículos

Segundo relatos, vítimas não conseguem contato com a empresa Real Master após concluírem transferência de dinheiro

Thuany Dossares

Alguns anúncios eram feitos através de plataformas da internet Reprodução
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Clientes da empresa Real Master denunciam que foram vítimas de um golpe ao tentar financiar a compra de veículos. A doméstica Patrícia da Silva, de 36 anos, conta que ela e o marido fizeram uma transferência de R$ 10 mil, mas não conseguiram concluir o negócio. O casal vendeu o carro para poder adquirir um mais novo, no valor de R$ 19.500.

Patrícia achou a financiadora pela internet e, em seguida, agendou uma visita no escritório localizado no Office 3000, que fica nas salas comerciais do Shopping Nova América, na Zona Norte do Rio. Lá assinou o contrato. Ela conta que já faz mais de um mês que enfrenta dificuldades para falar com Carlos Eduardo, o consultor que vendeu o serviço.

No dia em que foi ao escritório cobrar explicações, Patrícia conheceu Roberto Silva e Elen Ramos da Silva, casal que também buscava a empresa para exigir a entrega de um veículo financiado.

Os dois contam que tinham R$ 6 mil separados para dar entrada em uma moto, mas receberam uma proposta melhor de financiamento pela Real Master de uma mulher identificada como Geovana. O casal afirma que, na verdade, foi enganado e a venda era de um consórcio.

Elen diz que diversas empresas foram usadas na negociação tanto na hora de fazer o contrato quanto na hora de receber o pagamento, o que dificulta a identificação dos verdadeiros responsáveis e os deixa sem saber a quem cobrar.

As vítimas contam que foram orientadas a solicitar o cancelamento do contrato por email e que teriam direito a 75% de reembolso do valor da entrada em até 90 dias. Mas a falta de retorno dos vendedores faz com que acreditem que nunca mais vão ver esse dinheiro de volta.

A BandNews FM esteve no Office 3000, nessa quarta-feira (10), mas já na recepção do prédio foi informada que há dias os escritórios da Real Master estavam desocupados.

A reportagem não conseguiu contato com a empresa por nenhum canal de atendimento. Também tentamos falar com o vendedor Carlos Eduardo por telefone, mas não tivemos retorno. A Polícia Civil investiga o caso.

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