Com problemas na concessão da CCR, Ilha de Paquetá vive declínio no turismo

A economia da Ilha passa por desaquecimento

Por Carlos Briggs

Com problemas na concessão da CCR, Ilha de Paquetá vive declínio no turismo
Ilha de Paquetá passa por desaquecimento de sua economia
Rafael Catarcione/RioTour

Moradores de Paquetá relatam impactos na economia local, por causa dos constantes problemas nas barcas, que afastam frequentadores.  

Visitantes da ilha na Baía de Guanabara afirmam que a CCR tem disponibilizado embarcações menores, mesmo em períodos com aumento da procura, como é o caso do Carnaval.  A ouvinte Susana Madruga está entre as pessoas que desistiram de frequentar o local após anos mantendo uma casa alugada.  

Nesta quarta-feira, passageiros invadiram uma embarcação, quando foram informados que não iriam conseguir fazer a viagem em direção ao continente, mesmo após uma hora de espera.  

Desde 2020, a grade de horário das Barcas foi reduzida em todas as seis linhas. A mudança foi autorizada pela Justiça do Rio, ao concordar com o argumento do Grupo CCR, que alegou contrato deficitário junto à Secretaria de Estado de Transportes.  

Diante do cenário, comerciantes relatam dificuldades. Proprietário de um restaurante na Ilha de Paquetá,  Ricardo Afonso afirma que pensa em desistir do negócio.  

Dono de uma das principais pousadas da ilha, Conrado Gonçalves de Moraes afirma que acredita que o afastamento de turistas de Paquetá está diretamente ligado aos problemas das barcas.  

O contrato de concessão das barcas terminou em fevereiro deste ano e desde então o Governo não providenciou uma nova licitação para o transporte aquaviário do Estado.

O Grupo CCR manifestou interesse em ficar por até dois anos à frente do serviço. A empresa pretende ficar mais tempo para receber parte da dívida de aproximadamente R$ 1 bilhão e 300 mil reais junto ao Governo do Rio.

O Palácio Guanabara, que não possui plano B para a gestão do serviço,  concordou com a proposta. Já o Ministério Público se mostrou contrário e, agora cabe ao judiciário decidir a situação. Sem julgamento, hoje, o serviço é realizado sem contrato em todo o Estado do Rio.

Sobre a invasão de passageiros na embarcação na quarta-feira, o Grupo CCR informou que o embarque estava encerrado, pois havia atingido o limite de passageiros.

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