O Conselho de Ética da Câmara do Rio decidiu, nesta terça-feira (5), abrir um procedimento pedindo a cassação do mandato do vereador Gabriel Monteiro. O processo é ético-disciplinar para averiguar possível quebra de decoro parlamentar por parte do político. 

O grupo é composto por sete vereadores e todos se posicionaram a favor da continuidade do processo, na votação que aconteceu durante a tarde. 

O presidente da comissão, Alexandre Isquierdo, afirmou que Gabriel terá todo direito de defesa e respostas. 

Gabriel Monteiro está sendo acusado de assédio moral e sexual por servidores e ex-integrantes de seu gabinete. Mulheres também afirmam que foram estupradas por Gabriel. Além disso, invasões de abrigos e unidades públicas para supostas fiscalização do político também estão sendo analisadas. 

Ao final do processo, Gabriel pode ser inocentado ou sofrer punições, que podem chegar até mesmo na cassação do mandato do vereador. 

A representação contra o vereador será dirigida à Mesa Diretora, que analisa seus requisitos formais. O procedimento vai ser encaminhado à Comissão de Justiça e Redação até sexta-feira (8). 

Os trâmites até o final do processo, que vão decidir se Gabriel é inocente ou se vai ser cassado podem levar cerca de 90 dias. 

Nesta segunda-feira (4), o Ministério Público já havia confirmado que instaurou inquéritos para apurar possíveis atos de improbidade administrativa, por conta do uso de servidores públicos na produção de vídeos; possível violação de direitos humanos por gravar um vídeo simulando uma cena com uma criança em situação de vulnerabilidade.