Conselho de Medicina apura conduta de pediatra que estuprou mulher

Raphael Derossi Ribeiro d Silva é acusado de estupro, agressão e violência contra a companheira

Julia Kallembach

Conselho de Medicina apura conduta de pediatra que estuprou mulher
O pediatra Raphael Derossi Ribeiro da Silva, de 44 anos
Reprodução

A Justiça do Rio nega o pedido de liberdade provisória feito pela defesa do pediatra preso acusado de estupro, agressão e violência contra a namorada.

Raphael Derossi Ribeiro da Silva, de 44 anos, foi denunciado pelo Ministério Público do Rio por estupro, estupro de vulnerável, lesão corporal e violência psicológica. Contra ele, já existem cinco anotações por crime parecidos, desde 2001.

O Conselho Regional de Medicina do Rio abriu uma sindicância para apurar a conduta de Raphael Derossi Ribeiro da Silva.

De acordo com o MP, o médico abusou e agrediu a companheira durante dois anos. Em um dos casos de estupro citados na denúncia, enquanto a mulher chorava e tentava gritar por ajuda, o médico ria e continuava a violentá-la.

Em outra ocasião, Raphael chegou a dar um ansiolítico em dosagem excessiva para diminuir a resistência da vítima.  

Ainda segundo o Ministério Publico, durante uma viagem a Punta Cana, na República Dominicana, a vitima e Raphael tinham dormido sem se falar após uma discussão motivada por ciúmes do médico. De repente, a mulher foi acordada pelo pediatra a estuprando. Quando a vítima tentou reagir, foi agredida com socos na cabeça e no rosto, que provocaram cortes na orelha dela.

Na denúncia, o MP cita ainda casos de violência psicológica. Segundo as investigações, a vitima era humilhada, constrangida e ridicularizada por Raphael. Por causa disso, ela desenvolveu um comportamento depressivo, com crises de choro e ansiedade. A vitima chegou a procurar a ajuda de um psicólogo para tratar dos problemas.

O documento destaca ainda que a mulher foi emocionalmente manipulada pelo acusado, a fazendo sair do trabalho, se afastar de família e amigos e excluir as redes sociais.

O acusado atuava na UPA de Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio.

Procurada, a Prefeitura da cidade afirmou que se solidariza com a vítima e que o médico não faz parte do quadro de funcionários do município. De acordo com a nota, ele é contratado da Organização Social que administra a UPA. A Secretaria municipal de Saúde, entretanto, solicitou o desligamento do profissional.

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