
Nesta quarta-feira (2), o Conselho Superior do Colégio Pedro II vai se reunir novamente para decidir sobre o sistema de ensino das unidades no próximo período letivo. Entretanto, na última semana, o reitor da instituição federal Oscar Halac enviou um documento direcionado aos conselheiros que indica suas propostas a serem analisadas na reunião: manutenção do sistema de aulas híbridas e uma nova avaliação das condições sanitárias. Segundo o documento, o aumento de casos de Covid-19 no Estado do Rio é uma das justificativas para a proposta de pauta.
A comerciante e mãe de alunos que estudam no Colégio Pedro II, Luciana Costa, conta que a maioria dos responsáveis é contra a manutenção do ensino híbrido, uma vez que em dezembro um de seus filhos só teve dois encontros de reforço presenciais. Além disso, Luciana ressalta que o conselho da instituição não representa os pais dos alunos.
A grande maioria dos pais é contra o sistema híbrido. Entretanto, a gente fica na mão dos conselheiros que não nos representam. Eu tenho dois filhos no Colégio Pedro II. O mais velho teve apenas duas aulas presenciais em dezembro. Na verdade, aulas que são apenas um tempo para tirar dúvidas.
A mãe de um aluno, que preferiu preservar sua identidade, conta que os responsáveis dos alunos não são ouvidos em reuniões do Consup. Segundo ela, o único espaço de enviar sugestões ou perguntas é pelo chat, mas que os comentários não entram nas pautas.
Vai ter essa reunião do dia 2 de fevereiro e os conselheiros já estão preparando o cerco para manter o ensino híbrido, que é mais on-line do que presencial. O pior é que os responsáveis não podem falar nada na reunião do Conselho Superior. O único espaço disponibilizado para fala é no chat que ninguém olha.
Após decisão judicial, o Colégio Pedro II, assim como outras instituições de ensino federais, teve que voltar às aulas presenciais. Entretanto, no Pedro II, o retorno foi aquém do esperado pelos pais e alunos. Os encontros de reforço começaram no dia 22 de novembro de 2021, mas foram realizados de forma escalonada.
Em dezembro, o Colégio Pedro II confirmou o retorno presencial para o dia 7 de fevereiro. Entretanto, a portaria publicada admitia a possibilidade de revisão da decisão em caso de mudança do quadro epidemiológico.
O Ministério Público Federal enviou um documento, solicitando a intimação das instituições federais para que elas comprovem o cumprimento da decisão de retomar as aulas presenciais.