
O consórcio responsável pela revitalização do Parque Jardim de Alah, entre Ipanema e Leblon, na Zona Sul, recebe a licença ambiental e a autorização para o corte de árvores que está previsto no projeto. A informação foi confirmada pela empresa Rio + Verde.
De acordo com a decisão, foi autorizada a remoção de 130 árvores, o que equivale a 17,8% das existentes no parque. Segundo o consórcio, a retirada é justificada por doenças, pragas, tamanho e inaquequação das espécies. A remoção será feita por etapas após o início das obras.
O arquiteto do projeto, Miguel Pinto Guimarães, explica que a supressão arbórea é normal em qualquer licenciamento urbanístico.
Esse processo é absolutamente normal dentro de um processo de licenciamento de uma obra urbana de grande porte. Em nenhum momento nós falamos que não íamos suprimir ou transplantar algumas espécies arbóreas. 130 serão suprimidas ou transplantadas. Dessas 130 árvores autorizadas pelo poder consentente, pela autoridade municipal, pela secretaria de meio ambiente, é bom lembrar, dessas 130 árvores muitas são mudas. A gente teve um cuidado de passar esse final de semana fazendo levantamento fotográfico e muitas delas não passam de 50 centímetros.
O projeto de revitalização do local prevê a plantação de 300 novas espécies no espaço, um aumento de 41% em relação ao número atual. Além disso, também vão ser plantadas mais de 1300 árvores em locais a serem definidos pela Secretaria de Meio Ambiente.
O Jardim de Alah foi tombado em 2000 pelo Iphan. O contrato da Parceria Público-Privada foi assinado em novembro de 2023, para um período de 35 anos.