Criminosos chegavam a pagar R$ 1.600 apenas para furar a fila de atendimento do Consulado Geral de Portugal no Rio de Janeiro, segundo investigações da Polícia judiciária portuguesa. Até mesmo documentos de pessoas mortas teriam usados no esquema. A informação foi revelada pelo jornal português Diário de Notícias.
Entre os investigados estão funcionários do Consulado e até integrantes de duas das maiores facções criminosas do Brasil, o Comando Vermelho e o PCC.
Pelo menos 30 pessoas que teriam viajado para Portugal usando o esquema já foram identificadas.
Uma das linhas de investigação aponta que facções criminosas teriam participado do esquema com a intenção de colocar representantes dos grupos em território português.
No início do mês, a Polícia Federal realizou a operação Agendródomo, em conjunto com autoridades portuguesas para cumprir 11 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em Saquarema, na Região dos Lagos, e em Lisboa. O Consulado estava entre os endereços que receberam as equipes.