Contraventor Rogério de Andrade começa a utilizar tornozeleira eletrônica

A utilização do equipamento foi determinada pelo Superior Tribunal de Justiça, que concedeu liberdade ao bicheiro

Por João Boueri

Rogério deixou o presídio de Bangu 8 na semana passada Reprodução
Rogério deixou o presídio de Bangu 8 na semana passada
Reprodução

O contraventor Rogério de Andrade já está com tornozeleira eletrônica, após se apresentar na Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, em Benfica, na Zona Norte do Rio, nesta segunda-feira (26). A utilização do equipamento foi determinada pelo Superior Tribunal de Justiça, que concedeu liberdade ao bicheiro. Ele deixou o presídio de Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste, na semana passada.

No entendimento do ministro Jorge Mussi, Rogério de Andrade não representaria um risco para a ordem pública. O contraventor é acusado de subornar policiais e suspeito de ser o mandante de dezenas de assassinatos Esse foi o último ato do magistrado no STJ antes da aposentadoria.

Além de utilizar tornozeleira eletrônica, Rogério de Andrade não poderá sair de casa à noite e está proibido de deixar a cidade e de manter contato com outros réus.

Rogério foi preso, em agosto, com o filho, Gustavo Andrade, na casa da família, em Petrópolis, na Região Serrana. Policiais encontraram, na casa, um bilhete, indicando o pagamento de propina para delegacias especializadas da Polícia Civil. Dois delegados já tinham sido presos, em maio, na primeira fase da operação Calígula, da Polícia Federal.

A investigação também apontou um vínculo entre Rogério de Andrade e Ronnie Lessa, o sargento da PM apontado como assassino da vereadora Marielle Franco.

O contraventor assumiu o controle dos negócios da família, depois de travar uma guerra sangrenta pelo espólio do tio, o cabeça da contravenção no Rio, Castor de Andrade. Uma disputa que terminou com a morte do genro de Castor, Fernando Ignácio, assassinado há dois anos, no estacionamento de um heliporto. Rogério também estaria por trás da morte do filho de Castor, Paulinho de Andrade, ainda nos anos 90. Ele chegou a ser condenado a dezenove anos de prisão, mas o julgamento foi anulado também por ordem do Superior Tribunal de Justiça.

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