O amor em servir através do teatro foi o assunto unânime de todos os atores, companheiros e familiares que se despediram do ator Pedro Paulo Rangel, de 74 anos, velado nesta quinta-feira (22), no Theatro Municipal, no Centro do Rio. Após a cerimônia, o corpo dele foi cremado no Cemitério do Caju, na Zona Portuária. O artista tinha mais de 50 anos de carreira.  

Como disse o ator Diogo Vilela, o Municipal foi o local escolhido para o velório por ser a casa de Pedro Paulo.

Nomes como Lilian Cabral, Davi Pinheiro, Osmar Prado, Othon Bastos e o diretor Fernando Phillbert marcaram presença para prestar as últimas homenagens a PP, como era carinhosamente chamado pelos amigos e familiares.  

Fãs do ator também puderam dizer adeus: o velório foi aberto e várias pessoas passaram pelo Theatro na manhã desta quinta (22).

Companheiros destacaram o legado de Pedro Paulo para a dramaturgia, mas especialmente às peças de teatro. Antes de morrer, em meados de outubro, o ator fez uma última peça: O Ator e o Lobo, onde celebrou a trajetória de 50 anos de carreira.

O diretor Fernando Phillbert, que o acompanhou na peça, revelou as dificuldades enfrentadas nos últimos meses. 

Pedro Rangel morreu na quarta (21). Ele estava internado na Casa de Saúde São José, no Humaitá, desde o fim de outubro, e tratava uma descompensação do quadro de enfisema pulmonar.  

Entre os trabalhos mais marcantes do artista estão as novelas "Gabriela" (1975), "Saramandaia" (1976), "Vale Tudo" (1988), e o humorístico "TV Pirata" (1988).